Pontos principais da apresentação do educador de Douglas Belchior na oficina para educadores da Escola de Cidadania de Sapopemba em 11 de março de 2016.
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Hoje privilegiamos a visão. Escutava-se mais o rádio no passado. Hoje temos dificuldade em ouvir.
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A TV revolucionou a comunicação de massa. A história recente do Brasil anda de mãos dadas com a rede Globo.
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Sentimos e pensamos sobre o nosso sentir conforme os 500 anos de dominação do Brasil. Esta história está em nosso sentir e nosso pensar.
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Se não faço perguntas é porque não entendi nada ou porque entendi tudo! Para fazer perguntas devo primeiro entender e para entender devo primeiro ouvir. Isso é muito difícil hoje.
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Hoje tudo é opinião. A opinião de um contra a opinião do outro.
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A construção da consciência política, porém, se dá em cada um/a sair de casa com sua própria opinião, se reunir com companheiros/as, discutir, debater, confrontar-se e voltar para casa com uma opinião formada, amadurecida, politizada e coletiva. É isso que precisa e que se faz pouco.
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Cada um/a ficando com sua ideia, seremos divididos, dominados.
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O aluno não prestar atenção na sala de aula àquilo que não lhe interessa é sinal de inteligência. O cérebro humano descarta as informações não importantes (como um coador de espaguete – só interesse o espaguete!).
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Frei Betto nos deu o maior princípio epistemológico: A CABEÇA PENSA ONDE OS PÉS PISAM.
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Esta é a razão da perda do sonho, do projeto por parte do PT e dos setores progressistas: o distanciamento do chão da vida do povo.
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Quem não pisa no chão da vida do povo, manda e decide sobre a vida do povo.
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Também não basta o pé no barro. Isto pode nos fazer sentir bem, pode nos dar certo conforto. Estamos fazendo a “coisa certa”.
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Precisamos articular a realidade dura da ponta com a realidade da política grande porque tem tudo a ver.
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Se não discutimos o sistema, só estaremos enxugando gelo.
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Correr quando ocorre uma abordagem violenta da polícia pode livrar esse adolescente de ser espancado naquele momento, mas a polícia, o judiciário, o sistema não mudará.
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Se acontece isso que está acontecendo com Lula, o que é que vai acontecer com o adolescente, com o Geovane? Obs. Geovane é um jovem que estava numa trajetória de grande esperança em sua vida e que foi preso depois da decisão recente do STF que a prisão pode acontecer depois da sentença em segunda instância. Exemplo usado por Douglas para mostrar o que a Lava Jato tem a ver com a vida de cada uma de nós.
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É precisa juntar o pé com a cabeça.
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O vídeo do velhinho jogando xadrez (link em baixo) tem a ver com: estratégias; jogar contra nós mesmos; criar um mundo irreal; projeção; saber quem é o inimigo; roubar ou derrotar a si mesmo.
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A mídia não existe fora do nosso mundo. Ela estuda nosso mundo. Somo nós o laboratório que a mídia usa para nos devolver o que ela quer para os fins dela.
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A mídia tem um enorme poder de criar a narrativa dominante e o discurso aceitável.
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Importante usar todos os sentidos. Entender o que está por trás das palavras.
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Ruben Alves: a política é a mais elevada e nobre vocação = política como vocação. Também a mais sacana profissão = política como profissão.
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Ruben Alves: educar é despertar a curiosidade, provocar a inteligência, não dar as respostas, mas ensinar como fazer as perguntas certas e despertar sempre novas perguntas. As respostas estão nos livros, na internet!
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O que a gente fala como educador, o outro ouve. Temos que oferecer uma ideia diferente do discurso hegemônico.
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SER EDUCADOR SOCIAL SEM VOCAÇÃO É DESONESTO!
VÍDEO UTILIZADO POR DOUGLAS:
Velhinho jogando xadrez – Animação
Rubens Alves sobre O papel do professor
Marco Antonio Villa x Paulo Frateschi (debate na TV Cultura depois dos ataques a Lula)